Bryan Ferry

1 de novembro de 2012


"All the musicians I loved from an early age - Miles Davis, Charlie Parker, even back to Leadbelly - always looked very dapper. They'd have a bow tie, good suit, 12-string guitar. They all embraced dressing up to go on stage.
A Oi FM, a rádio moderninha de Belo Horizonte, se transformou em uma rádio esportiva. Outra rádio, virou exclusivamente de pagode. A solução foi sintonizar as rádios de "música de elevador". Elas reascenderam dentro de mim a chama dos anos 80, e me fizeram lembrar de um dos caras mais estilosos a pisar em um palco, Bryan Ferry.

Bryan Ferry é possívelmente o cara mais suave no mundo da música, e seu gosto requintado para todas as coisas é bem registado (mulheres, roupas, carros, artes, design, etc). Ele chegou a ser um dos finalistas para o papel de James Bond depois que o Roger Moore se aposentou. Ferry fez parte de um grupo de rock progressivo nos 70 (Roxy Music), com visual bem avant-garde. O glam rock reinava e o visual era uma forma de estabelecer credibilidade artística no meio da explosão criativa dos grupos conceitos e pessoas como David Bowie e a o Queen. Mesmo na sua fase mais experimental, o que ele vestia estava perfeitamente de acordo com o que ele estava fazendo.

De 1976 para frente, Bryan Ferry pulou do glitter para o clássico britânico, usando as roupas que sonhava vestir quando era criança e trabalhava em um alfaiate tradicional. Com exceção de algumas escapulidas no meio dos anos 80, estava sempre com ternos e camisas feitos pelos melhores alfaiates da Inglaterra. Com o tempo, o seu visual foi ficando mais clássico e conservador. Hoje, é um dos poucos músicos que soube envelhecer bem, sem se transformou em uma caricatura de si mesmo. 

Tentei organizar algumas fotos parecidas que achei para fazer uma espécie de "antes e depois":


"Nós conhecemos um charmoso cara do hip-hop no Jools Holland - Tinie Tempah é uma pessoa bem peculiar. Muito, muito bom. Seu colaborador Labrinth estava usando um blazer com emblema. Era um look que eu sempre achei que deveria voltar. Eles me fizeram lembrar do Outkast - eu amei o video deles com chapéus de equitação."


"Anderson & Sheppard parecem ter acertado comigo. Adoro a tradição da alfaiataria e acho que é algo que deve ser apoiado. É como ir às livrarias em vez de comprar algo em um iPad."




"Secretamente eu queria me vestir como Jimmy Hendrix, mas nunca consegui"

 "Eu gosto de tecidos e tato; entrar em alfaiates e fazer camisas. Não é barato, mas eu prefiro ter uma excelente camisa do que ter 12 que não são tão boas. Você sente que está apoiando um império que não deveria desintegrar-se"


"Duas noites atrás, fui ver um ballet em Covent Garden. Estava sentado próximo a um grande alfaiate napolitanos chamado Rubinacci. Nós estávamos conversando sobre como o público era mal vestido - pessoas usando calça de ginástica. É uma vergonha. Ballet é uma coisa muito bonita e formal, e não me parece certo quando as pessoas vão de calça jeans e um pulôver"


"A melhor coisa do black tie é que é apenas um uniforme. Você precisa ter apenas um traje, que vista bem."
No evento da Anderson & Sheppard

Blazer de veludo, jeans claro e gravata de crochê. Bem Italiano.
Camisa jeans por baixo do jaquetão
As Frases são desta entrevista com a GQ. Bryan Ferry sempre da entevistas excelentes, e parece ser um cara bem tranquilo. Tem estilo para ficar bem até usando uma jaqueta de paetê do alfaiate Richard Anderson.



A minha performance favorita:



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